Nesta quinta-feira (05), um total de 120 pessoas entre pais, professores, psicólogos, assistentes sociais, profissionais da Educação e de outras áreas se reuniram para o primeiro evento sobre a conscientização do autismo, na Casa da Cultura, em Sabáudia. O evento foi idealizado e realizado pela equipe multidisciplinar da Secretaria Municipal da Educação de Sabáudia, que percebeu um significativo aumento nos diagnósticos de autismo nas escolas do município: “tivemos a preocupação em levar informação aos familiares e professores sobre o que é o autismo, porque vimos um considerável aumento de casos em Sabáudia”, afirmou a psicóloga Jéssica Cândido. A fonoaudióloga Carla Thaís Bramé Carnavale, complementou dizendo que é preciso conhecer melhor sobre o tema para proporcionar melhor qualidade de vida ao autista e auxiliar os pais na busca de apoio e tratamento. Na abertura do evento, Maria Angelica Pavezzi, mãe de uma criança autista, fez um emocionante depoimento relatando sua experiência desde a descoberta do autismo em sua filha após o diagnóstico de um neurologista, as dificuldades na vida social e o tratamento. Ela contou que sua filha passa por acompanhamento com fonoaudiólogo, neurologista, psicólogo e equoterapia, e graças ao progresso obtido com as terapias vive uma vida social igual a todos, frequenta todos os lugares e participa do convívio em sociedade. Ela também estuda em uma escola pública de ensino regular. A psicóloga clínica infantil, e especialista em Educação Especial, Ieda Santos Assunção, ministrou palestra e explicou que o autismo pode ocorrer em graus leve, moderado e severo, sendo um transtorno do neurodesenvolvimento infantil caracterizado por alterações sociais, comunicação e comportamentos repetitivos. Ela abordou sobre o diagnóstico, as causas, os sintomas e tratamento do autismo que deve ser feito por uma equipe multidisciplinar das áreas de psicologia, fonoaudiologia, neurologia, pediatria e psicopedagogia que irá potencializar o cérebro da criança fazendo com que ele se reorganize em sua neuroplasticidade para aprender novos comportamentos. “Cada autista é único e ele enxerga o mundo de forma muito mais intensa e potencializada que as pessoas comuns. Não há cura para a síndrome, mas existem terapias que proporcionam melhoras na interação social, linguagem e estereotipias no paciente”, ensinou Ieda. Outras mães também expuseram suas experiências e ao final da palestra, a plateia pôde fazer perguntas e esclarecer suas dúvidas sobre a TEA – Transtorno do Espectro Autista.
Sabáudia